Em outubro de 1915, o
Endurance foi esmagado pelo gelo, depois de ter ficado encalhado numa placa, e afundou-se no
mar de Weddell, deixando Shackleton e a tripulação presos numa superfície pouco segura de gelo, a milhares de
quilómetros da civilização. Durante os meses que se seguiram, o grupo ficou à deriva em direcção a norte até abril de 1916, quando a placa de gelo flutuante onde se encontravam acampados se quebrou. Partiram nos barcos salva-vidas para a remota e inacessível ilha Elefante, onde Shackleton decidiu que a maneira mais rápida de obter ajuda era partir com um dos barcos até à Geórgia do Sul.
Dos três barcos salva-vidas, o
James Caird era o mais robusto e o que tinha mais probabilidade de sobreviver à viagem. Recebeu o seu nome em homenagem a
Sir James Key Caird, um fabricante de
juta e
filantropo de
Dundee, cujos donativos ajudaram a financiar a expedição de Shackleton. Antes da viagem, o barco foi modificado e reforçado pelo
carpinteiro do navio,
Harry McNish, para aguentar os duros mares do
oceano Antártico. Levava uma tripulação de seis homens, liderados por Shackleton, e com o capitão do
Endurance,
Frank Worsley, como responsável pela navegação.