ou
tonsila faríngea faz parte do chamado
anel linfático de Waldeyer. É uma formação
linfoide que cerca as
cavidades nasais e
bucais para a garganta, estando localizada na parede posterior da
nasofaringe, região que serve como passagem do fluxo aéreo nasal, caixa de
ressonância na fala e é o local de abertura das
tubas auditivas. Ela normalmente aumenta de tamanho (junto com aumento das
amígdalas) durante a infância em resposta a estímulos
antigênicos, tais como infecções virais e bacterianas, alimentos,
alérgenos e irritantes ambientais, sendo que, na maioria das pessoas, involui durante a adolescência.
As queixas relacionadas às adenoides ou às
amígdalas estão entre as mais comuns encontradas na população em geral. O indicador mais significativo de obstrução nasal produzida pelas adenoides é a respiração pela boca, cuja imagem clássica é a da criança que dorme com a boca aberta, ronca e baba no travesseiro. Estão associados com o quadro:
- distúrbios do ouvido secundários à obstrução do óstio da tuba auditiva (otites médias secretoras ou supurativas agudas), os quais podem manifestar-se por diminuição da audição, dor de ouvido, febre e choro;
- respiração bucal de suplência com os problemas que dela advêm: rinites, sinusites (consequência da obstrução nasal), rouquidão e faringites;
- distúrbios de fonação, em que não há emissão de sons nasais (rinolalia clausa);
- alteração, na criança em crescimento, dos padrões anatômicos, determinando problemas ortodônticos de má oclusão, palato ogival, prognatismo e outras anomalias nos traços faciais que levam à fascies adenoide, caracterizada por face alongada, boca aberta, olheiras, palato ogival, protrusão dental e hipoplasia de maxila.
O aumento de volume adenotonsilar é a causa mais comum de
apneia obstrutiva do sono na criança, definida como parada da respiração por, no mínimo, 10 segundos). Esta relaciona-se com a retenção de CO
2, o que determinará retardo no crescimento, debilidade no status físico e psicológico da criança, hipersonolência diurna, cefaleia matinal, sono agitado e enurese (em crianças que já tinham adquirido o controle miccional). As adenoides apresentam-se com mais frequência entre os 4 e os 7 anos.