O termo
azulejo designa uma peça de
cerâmica de pouca espessura, geralmente,
quadrada, em que uma das faces é
vidrada, resultado da cozedura de um revestimento geralmente denominado como
esmalte, que se torna impermeável e brilhante. Esta face pode ser monocromática ou
policromática, lisa ou em
relevo. O azulejo é geralmente usado em grande número como elemento associado à
arquitetura em revestimento de superfícies interiores ou exteriores ou como elemento decorativo isolado.
Com diferentes características entre si, este material tornou-se um elemento de construção divulgado em diferentes
países, assumindo-se em
Portugal como um importante suporte para a
expressão artística nacional ao longo de mais de cinco séculos, onde o azulejo se transcende para algo mais do que um simples elemento decorativo de pouco valor intrínseco. Este material convencional é usado pelo seu baixo custo, pelas suas fortes possibilidades de qualificar
esteticamente um
edifício de modo prático. Mas nele se reflete, além da
luz, o repertório do imaginário português, a sua preferência pela descrição realista, a sua atracção pelo intercâmbio
cultural. De forte sentido
cenográfico descritivo e monumental, o azulejo é considerado hoje como uma das produções mais originais da
cultura portuguesa, onde se dá a conhecer, como num extenso
livro ilustrado de grande riqueza cromática, não só a
história, mas também a mentalidade e o gosto de cada época.