A
dinastia júlio-claudiana foi a primeira dinastia de imperadores do
Império Romano. O nome deriva do apelido de
Augusto, pertencente à família
Júlia, e de
Tibério, um Cláudio de nascimento subsequentemente adoptado. Os sucessores de Augusto são conhecidos como a dinastia júlio-claudiana (que inclui ele próprio), devido aos casamentos idealizados por ele entre a sua família, os Júlios, e os patrícios Cláudios.
Nos primeiros anos do reinado de Tibério, não houve grandes mudanças políticas ou organizativas em relação aos princípios estabelecidos por Augusto. No entanto, com o passar do tempo, a instabilidade surgiu dentro da própria família imperial. Tibério tornou-se paranóico com possíveis conspirações e tentativas de golpe de estado, chegando, em , a retirar-se para a ilha de
Capri de onde governou por procuração até ao fim da vida. Em consequência, mandou matar ou executar grande parte da sua família e senadores de destaque, provocando uma sensação de desconforto generalizada.
O sucessor de Tibério,
Calígula cresceu neste ambiente e mostrou-se um imperador igualmente instável. As perseguições tornaram-se norma e durante estes reinados muitas das famílias tradicionais romanas chegaram ao fim devido a assassinatos e execuções que se prolongaram pelos reinados de
Cláudio e
Nero. Em , a classe política tinha chegado ao limite de resistência a tanta insegurança política. Depois de alguns erros estratégicos graves e de ter arruinado as finanças do estado em aventuras como a construção do seu palácio dourado, Nero foi declarado um inimigo do estado e fora da lei. Fugiu de Roma acompanhado apenas pelo seu secretário e suicidou-se antes de ser apanhado pela
guarda pretoriana que ia em seu encalço. Com a sua morte, desaparecia a dinastia júlio-claudiana e
Roma acabaria por encontrar alguma estabilidade política, mas não imediatamente.