Enquanto a economia ortodoxa pode ser definida em torno do nexo "equilíbrio-racionalidade-individualismo" , a economia heterodoxa pode ser definida em termos de um nexo "estrutura histórico-social-institucional". Perceba que existe uma ênfase distinta ao se distinguir as economias ortodoxas e heterodoxas dessa maneira em comparação com a interpretação dessa divisão como sendo entre um sistema-fechado em oposição a um sistema-aberto, respectivamente (Lawson,1997); (Dow, 2000)
É difícil definir a economia heterodoxa. A Confederação Internacional das Associações pelo Pluralismo na Economia (CIAPE) tem prudentemente evitado dar definições muito precisas para a "heterodoxia", escolhendo afirmar sua missão como sendo a de "promover o pluralismo na economia". Todos os tipos de
socialismo são considerados heterodoxos, mas nem todas as escolas heterodoxas são socialistas. Um desafio central para a heterodoxia é se auto-definir de forma mais precisa do que simplesmente economia não-neoclássica. Ao definir um denominador comum no "comentário crítico" alguns economistas heterodoxos, como Steve Cohn (Knox College, USA), tem tentado fazer três coisas: (1) identificar idéias compartilhadas que gerem um padrão de crítica heterodoxa através de tópicos e capítulos de textos didáticos introdutórios de macroeconomia; (2) dar atenção especial a idéias que liguem diferenças metodológicas com diferenças em relação à formulação de políticas; e (3) caracterizar as semelhanças de maneira que permita que
paradigmas distintos desenvolvam diferenças comuns com a economia dos livros didáticos de diferentes formas. Os heterodoxos aceitam a intervenção do estado, enquanto que os ortodoxos acreditam no livre equilibrio entre oferta e demanda.