Especiação parapátrica é uma forma de
especiação que ocorre em uma área geográfica contínua na qual as espécies divergentes apresentam distribuições adjacentes. Não há nenhuma barreira externa ao fluxo gênico, no entanto os acasalamentos não são completamente aleatórios. Este modelo difere da
especiação alopátrica no que se refere a distribuição geográfica da espécie parental já que a alopatria requer subpopulações geograficamente isoladas.
Nichos neste habitat podem estar diferenciados ao longo de um gradiente ambiental, impedindo
fluxo génico, e criando assim um
cline.
Um exemplo deste tipo de especiação é a erva
Anthoxanthum, que se sabe que sofreu especiação parapátrica em áreas onde ocorreu contaminação por
metais a partir de
minas. Isto cria uma
pressão selectiva para a tolerância a metais. Há
seleção contra os híbridos dessas populações, o que pode ter fovrecido a
autopolinização. Além disso, elas apresentam tempos de
floração distintos o que funciona como um barreira reprodutiva. Sugere-se que essa diferença entre tempos de floração tenha sido favorecida pela
seleção natural devido a menor
aptidão dos
híbridos. Esse tipo de mecanismo é denominado reforço do isolamento reprodutivo.