Em
Literatura,
fluxo de consciência é uma técnica literária, usada primeiramente por
Édouard Dujardin em
1888, em que se procura transcrever o complexo processo de pensamento de um personagem, com o raciocínio lógico entremeado com impressões pessoais momentâneas e exibindo os processos de associação de idéias. A característica não-linear deste processo de pensamento leva frequentemente a rupturas na sintaxe e na pontuação. O termo foi cunhado pelo filósofo e psicólogo
William James, em
1892 para uso em Psicologia.
Com o uso desta técnica, mostra-se o ponto de vista de um personagem através do exame profundo de seus processos mentais, borrando-se as distinções entre
consciente e
inconsciente, realidade e desejo, as lembranças da personagem e a situação presentemente narrada, etc. A profundidade e a abrangência desse exame é que faz com que o fluxo de consciência difira de um mero
monólogo interior, já empregado anteriormente por autores como
Fiódor Dostoiévski e
Liev Tolstói.