História alternativa (também denominada
ucronia), é um subgênero da
ficção especulativa (ou da
ficção científica) cuja trama transcorre num mundo no qual a
história possui um
ponto de divergência da história como nós a conhecemos. A
literatura de história alternativa faz a seguinte pergunta: "o que aconteceria se a história tivesse transcorrido de maneira diferente?" A maioria das obras do gênero são baseadas em eventos históricos reais, ainda que aspectos sociais, geopolíticos e tecnológicos tenham se desenvolvido diferentemente. Embora em algum grau toda a
ficção possa ser descrita como "história alternativa", um representante apropriado do subgênero contém ficção na qual um ponto de divergência ocorre no
passado, fazendo com que a sociedade humana se desenvolva de maneira distinta da nossa.
Desde os
anos 1950, este tipo de ficção fundiu-se em grande parte com os
tropos da ficção científica envolvendo
(a) entrecruzamento de períodos históricos, tempo paralelo, viagens entre histórias/universos alternativos (ou conhecimento psíquico da existência do "nosso" universo por pessoas em outro, como em obras de
Dick e
Nabokov), ou
(b) viagens rotineiras "para cima" e "para baixo" no tempo resultando na partição da história em duas ou mais linhas temporais. Cruzamento de épocas, partição do tempo e temas da história alternativa se tornaram tão entrelaçados que é impossível discuti-los separados uns dos outros. O livro de
1962 "
O Homem do Castelo Alto" de Philip K. Dick, em que os
nazistas venceram a
Segunda Guerra Mundial é um dos exemplos mais famosos de história alternativa, tendo marcado profundamente este gênero.
Em
francês, romances de história alternativa são denominados
uchronie. Este
neologismo é baseado na palavra
utopia (um lugar que não existe) e na palavra grega para "tempo",
chronos. Uma
uchronie, então, é definida como um tempo que não existe. Outro termo ocasionalmente utilizado (principalmente em
espanhol) é "alohistória" (lit. "outra história")..