O químico e meteorologista nascido em Londres
John Frederic Daniell (1790 - 1845) foi o responsável pela invenção de diversos experimentos, entre eles uma pilha que levou seu nome, criada em 1836. A
pilha de Daniell (também chamada de
célula de Daniell) é uma
pilha constituída de
eletrodos de
cobre e
zinco interligados e respectivamente imersos em
solução de Cu
+2 e Zn
+2. Representou um grande avanço sobre a
pilha de Volta utilizada até então, nos primórdios da criação das
baterias.
O funcionamento da pilha de Daniell é semelhante a de
Alessandro Volta (1745-1827),
pois possuem os mesmos eletrodos: cobre e zinco, as diferenças são que na
pilha de Daniell os eletrodos estão em compartimentos separados, e a utilização da ponte salina, que é responsável pelo fechamento do circuito elétrico. Nesta pilha ocorre a semi-reação de oxidação no eletrodo de zinco, havendo um fluxo de elétrons através do fio metálico até o eletrodo de cobre, local onde ocorre a semi-reação de redução. Para manter a neutralidade elétrica, íons migram através da ponte salina, que é uma solução eletrolítica que não participa diretamente das reações nos eletrodos.
Em muitos materiais didáticos a pilha de Daniell é representada com a capacidade de acender uma
lâmpada. É importante ressaltar que essa representação não é fiel a maneira como a pilha foi construída, visto que em 1836 a lâmpada não existia. A lâmpada foi inventada em 1879 por
Thomas Alva Edison (1847-1931).