O
problema da indução é a questão
filosófica se o
raciocínio indutivo (uma generalização ou uma previsão não
dedutiva) leva ao
conhecimento. Uma generalização é qualquer argumento não dedutivo cuja conclusão é mais geral do que as
premissas. Ou seja, o problema da indução refere-se a:
- Generalizar sobre as propriedades de uma classe de objetos com base em algumas observações do número de instâncias específicas da classe (por exemplo, a inferência de que "todos os cisnes que temos visto são brancos e, portanto, todos os cisnes são brancos", antes da descoberta do cisne negro);
- Pressupor-se que uma sequência de eventos no futuro ocorrerá como sempre foi no passado (por exemplo, que as leis da física manifestar-se-ão como sempre foram observadas).
O problema põe em causa todas as reivindicações
empíricas feitas na vida quotidiana ou através do
método científico. Embora o problema provavelmente remonte ao
pirronismo da
filosofia antiga,
David Hume reintroduziu-o em meados do
século XVIII. O problema humeano da indução é o problema de distinguir os bons dos maus hábitos indutivos, dada a ausência de qualquer distinção objetiva entre eles. Portanto a indução é uma inferência
contingente e só pode levar a uma conclusão que tem apenas certo grau de
probabilidade de estar correta. No seu
Tratado da Natureza Humana (89) Hume insiste que as conexões probabilísticas, assim como as conexões causais, dependem de hábitos da mente e não têm base na nossa experiência do mundo.