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Proteômica
A proteômica envolve o estudo em larga escala das proteínas expressas em uma célula, tecido ou organismo, incluindo a análise quantitativa da expressão ao longo do tempo, em diversas localizações celulares e/ou sob a influência de diferentes estímulos. O proteoma é complementar ao genoma, já que os genes podem ser transcritos em RNA mensageiros que, eventualmente, serão traduzidos em proteínas. Análises proteômicas também possibilitam a descrição de variantes proteicas (i.e., proteoformas) geradas por variações alélicas, splicing alternativo e/ou modificações pós-traducionais. Mais recentemente, vem englobando também o estudo de interações e complexos proteicos (i.e., proteômica estrutural). Desta forma, ao invés de analisar isoladamente cada um dos componentes proteicos de um sistema, a proteômica pretende contribuir para a compreensão sistêmica da função biológica das proteínas em seu contexto molecular complexo (figura 1).

Diferente do genoma, que é relativamente estático, o proteoma é considerado dinâmico, pois as proteínas de uma célula sofrem diversas alterações quando são submetidas a diferentes estímulos como, por exemplo, fatores ambientais, nutricionais e de estresse. Entre outros, podem sofrer modificações pós-traducionais, migrações no interior celular, alterações nas taxas de turnover etc. Dessa forma, a cada momento/condição experimental, podemos ter diferentes proteomas sendo expressos por um sistema celular.

O avanço das técnicas de sequenciamento possibilitou a determinação de genomas completos, gerando mudanças importantes nas pesquisas biológicas. Entretanto, apenas as sequências gênicas não são suficientes para esclarecer mudanças fenotípicas, explicar função, estrutura e localização celular das proteínas. A análise da expressão proteica através do estudo de RNA mensageiro (transcriptoma) pode não revelar as quantidades de proteínas efetivamente expressas, já que não considera a existência de possíveis etapas de regulação pós-transcricional e/ou pós-traducional. Também importante, não permite inferir a presença de modificações pós-traducionais nas proteínas expressas, tais como glicosilação ou fosforilação.


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