O
proto-céltico ou
proto-celta, também chamado de
celta comum, é o suposto ancestral de todas as
línguas celtas conhecidas. Falado provavelmente por volta de
800 a.C., seu léxico pode ser seguramente reconstruído com base no
método comparativo da
lingüística histórica. O proto-celta é uma língua descendente direta do
proto-indo-europeu e é amplamente considerada como a primeira das
línguas indo-européias a se espalhar na Europa norte-ocidental e atlântica. A área onde a língua parece ter primeiro se tornado perceptivelmente o proto-celta, em oposição ao dialeto
centum anterior, corresponde à
cultura de Hallstatt, nas extremidades ocidentais do "Campo de Urnas".
A partir de aproximadamente 800 a.C., essa cultura por influência de elementos trácio-cimérios introduziu a
Idade do Ferro na Europa. Os contemporâneos cimérios são de maneira diversa indicados como os ancestrais dos címbrios, dos
sicambros e de
Cymru, apesar de outras etimologias explicarem melhor o último termo.
A reconstrução do proto-celta está atualmente sendo feita. Embora o céltico continental apresente muitas evidências
fonológicas e algumas
morfológicas, o material catalogado é ainda muito escasso para permitir uma reconstrução segura da
sintaxe. Apesar de algumas sentenças completas estarem escritas em
gaulês e
celtíbero, a literatura celta substancialmente mais antiga é encontrada no
irlandês antigo, a mais antiga língua céltica insular registrada.