O
Reino de Judá (em
hebraico: מַמְלֶכֶת יְהוּדָה, Mamlekhet Yehuda), limitava-se ao Norte com o
Reino de Israel Setentrional, a Oeste com a inquieta região costeira da
Filístia, ao Sul com o deserto de
Neguev, e a Leste com o
rio Jordão e o
mar Morto e o Reino de
Moabe. Era uma região alta, geograficamente isolada por colinas de montanhas ao oeste, o mar Morto a leste e pelo deserto de Negueve ao sul. Sua capital era
Jerusalém, onde encontrava-se o
Templo de Jerusalém, o qual segundo a
Bíblia, teria sido erigido por ordem do
rei Salomão para abrigar a
Arca da Aliança (ou Arca do Pacto).
Após a divisão do reino, no sexto ano do rei
Roboão, o faraó
Sheshonq I invade o território dos hebreus e transforma o Reino de Judá num estado tributário. Esse fato é pouco evidenciado no relato bíblico, mas comprovado por inscrições egípcias. (Inscrição mural sobre Sheshonq I no
Templo de Karnak e a estela de
Megiddo). Devido à sua posição estratégica às portas da
península do Sinai e acesso ao Baixo Egito, foi utilizada pelo faraó como um Estado "tampão", o que lhe pouparia de usar seus próprios exércitos para defender esta fronteira.
O Reino de Judá entrou em conflitos com os reinos de Moabe,
Amom e os filisteus. A
Bíblia afirma eque o Reino de Judá permaneceu, de maneira geral, fiel à sua fé em
Deus (
Jahvé ou
Jeová), enquanto que Israel setentrional tornara-se fortemente influenciado pela cultura cananeia e pela religião fenícia. O culto a
Hashem e preservação da linhagem real davídica do qual deveria vir o prometido
Messias, de acordo com os profetas do
Velho Testamento, a justificativa para a misericórdia de Deus sobre o Reino de Judá, ao passo que o
politeísmo de Israel Setentrional teria sido responsável por sua ira sobre seus governantes (enquanto o Reino de Judá permaneceu sob a dinastia dos descendentes do rei
David, o Reino de Israel setentrional passou por várias dinastias e golpes de Estado).