A
Guerra dos Mil Dias (em espanhol:
Guerra de los Mil Días), foi uma
guerra civil que devastou a
República da Colômbia (incluído o Panamá, que era então um
departamento da Colômbia), entre
1899 e
1902. Resultou na vitória do governo e na posterior
separação do Panamá em
1903. O conflito opôs os membros do
Partido Liberal Colombiano contra o governo exercido por uma facção do
Partido Conservador Colombiano, chamada de
Nacionais, e brevemente liderado pelo presidente Manuel Antonio Sanclemente. A mudança abrupta causada pela revogação da Constituição de Rionegro de
1863 (que estabeleceu um sistema federal) pela centralista Constituição da Colômbia de 1886 (criada no governo do presidente
Rafael Núñez), além de cooptar as tentativas violentas dos conservadores, como os interesses dos liberais de retornar ao poder, provocou a reação violenta do lado liberal.
Em 1899, os conservadores dirigentes foram acusados de manter o poder através de eleições fraudulentas. A situação foi agravada por uma crise econômica causada pela queda dos preços do café no mercado internacional, que afetou principalmente a oposição do Partido Liberal, que tinha perdido o poder.
Esta guerra civil de grande escala, que provocou a criação de muitas frentes de guerrilha, terminou em 1902 depois de causar a morte de cerca de cem mil pessoas ou 3,5% da população da época. Além disso, a guerra levou à perda da província do Panamá, após a intervenção dos
Estados Unidos, que causou a secessão do território (atualmente um estado independente desde 1903), a fim de cavar um canal que ligaria o
Atlântico e o
Pacífico (
Canal do Panamá).