O
Angiosperm Philogeny Group, ou
APG ("Grupo de Filogenia das Angiospérmicas") é um grupo de
biólogos baseados nos
Estados Unidos dedicados à classificação
filogenética das
Angiospermas, ora produzindo informações e
árvores filogenéticas próprias, ora compilando informações produzidas por diferentes autores, com o objetivo de organizar em ordem filogenética, da maneira mais natural e parcimoniosa possível.
Os trabalhos do APG iniciaram-se em 1998, com a publicação da primeira árvore filogenética abordando os grandes grupos de Angiospermas, baseados em seqências
genéticas, principalmente de
genes como
rbcL e atpB. Neste primeiro trabalho, os pesquisadores detectaram um
monofiletismo entre as
Monocotiledôneas, mas observaram serem as
Dicotiledôneas um grupo
parafilético. Dois
clados distintos encontravam-se situados na base da árvore filogenética: as chamadas Paleoervas, por serem basicamente famílias de espécies herbáceas; as Magnoliideae, famílias predominantemente arbóreas relacionadas a
Magnoliaceae. O restante das Dicotiledôneas foi denominado
Eudicotiledôneas. Posteriormente notou-se a relação entre as Paleoervas, Magnoliideae e Monocotiledôneas, por possuírem grãos de
pólen monossulcados, enquanto as Eudicotiledôneas possuíam pólen primariamente
trissulcado.
Desde então, a classificação proposta pelo APG se alterou grandemente em certos aspectos, e as dificuldades de nomenclatura fizeram até mesmo com que alguns
táxons tradicionais, nomes havia muito esquecidos, como Urticinae, voltaram a ser propostos. A organização da árvore filogenética entre monossulcados e trissulcados caiu na medida em que novos dados, sobretudo
morfológicos,
anatômicos e
fitoquímicos, além de novas seqüências de genes, passaram a ser acrescentados. A posição das Angiospermas mais primitivas também mudou muito, e famílias como
Amborellaceae e
Nymphaeaceae se alternaram na posição mais basal da árvore.