Antropocentrismo (do
grego anthropos, "humano"; e,
kentron, "centro") é uma concepção que considera que a humanidade deve permanecer no centro do entendimento dos humanos, isto é, o universo deve ser avaliado de acordo com a sua relação com o
Homem, sendo que as demais espécies, bem como tudo mais, existem para servi-los. O antropocentrismo coloca o homem no centro do universo, postulando que tudo o que existe foi concebido e desenvolvido para a satisfação humana.
O termo tem duas aplicações principais. Por um lado trata-se de um lugar comum na
historiografia qualificar como antropocêntrica a cultura
renascentista e moderna, em contraposição ao suposto
teocentrismo da
Idade Média. A transição da cultura medieval à moderna é frequentemente vista como a passagem de uma perspectiva
filosófica e
cultura centrada em
Deus a uma outra, centrada no homem – ainda que esse modelo tenha sido reiteradamente questionado por numerosos autores que buscaram mostrar a suposta continuidade entre a perspectiva medieval e a renascentista.
Por outro lado, e em um contexto moderno, se denomina antropocentrismo às doutrinas ou perspectivas intelectuais que tomam como único paradigma de juízo as peculiaridades da espécie animal, mostrando sistematicamente que o único ambiente conhecido é o apto à existência humana, e ampliando indevidamente as condições de existência desta a todos os seres inteligentes possíveis.