A
batalha de Badr, ocorrida em (17 de
Ramadan do ano 2 depois da
Hégira, no
calendário islâmico) no
Hejaz, região ocidental da Arábia (nos dias de hoje
Arábia Saudita), foi uma batalha fundamental nos primórdios do
Islão e uma virada de mesa na luta de
Maomé com seus opositores, os
coraixitas, em Meca. A batalha tem sido transmitida na história islâmica como uma vitória decisiva atribuída à intervenção divina ou, por fontes seculares, ao gênio estratégico de Maomé. Embora seja uma das poucas batalhas especificamente mencionadas no livro sagrado muçulmano, o
Alcorão, praticamente todos os conhecimentos contemporâneos da batalha em
Badr provêm de tradicionais relatos islâmicos, tanto
hadiths como biografias de Maomé, escritos décadas após a batalha.
Antes da batalha, os muçulmanos e os homens de Meca haviam lutado inúmeras pequenas batalhas, em torno do final do ano de 623 e início do ano de 624, quando as
Ghazah tinham tornado-se mais frequentes. A batalha de Badr, no entanto, foi o primeiro grande confronto entre as duas forças. Avançando para uma forte posição defensiva, Maomé e seus bem-disciplinados homens conseguiram quebrar as linhas de Meca, matando vários importantes líderes coraixitas incluindo um chefe,
Amr ibn Hisham. Para os primeiros muçulmanos, a batalha foi extremamente importante porque foi o primeiro sinal de que eles poderiam derrotar os seus inimigos em Meca, que na época era uma das cidades mais ricas e poderosas na
Arábia, e que possuía um número de soldados três vezes superior ao dos muçulmanos. Maomé atribuiu a vitória a outras tribos, o que fez com que ficasse ao nível de chefe do poder na
Arábia, reforçando sua autoridade pública como líder da comunidade, o que não conseguiu alcançar quando estava em
Medina. Tribos locais árabes começaram a se converter ao
Islão e se aliar aos muçulmanos de
Medina.