A
batalha de Towton teve lugar durante a
guerra das Rosas, a
29 de março de
1461, a sudoeste de
Iorque, entre os vilarejos de Towton e Saxton. É a maior e mais sangrenta batalha a ter tido lugar em solo inglês e o dia mais sangrento de toda a história da
Inglaterra. Segundo as crónicas medievais, mais de soldados das casa de Iorque e de Lencastre combateram nesse
domingo de ramos, durante várias horas e em condições meteorológicas deploráveis. Uma proclamação difundida uma semana depois da batalha relata que homens perderam a vida no campo de batalha. Esse encontro provocou uma mudança monárquica em Inglaterra:
Eduardo IV substituiu
Henrique VI no trono e obrigou os principais apoiantes dos Lencastre a exilarem-se.
Henrique VI tem uma personalidade fraca e não dispõe de todas as suas faculdades mentais. O seu ineficaz governo encoraja os nobres a manipulá-lo e a situação acaba em guerra civil entre os apoiantes da sua Casa e os de
Ricardo Plantageneta. Após a captura do rei em
1460 pelos iorquistas, o parlamento de Inglaterra passa um ato de acordo segundo o qual Ricardo e a sua linhagem seriam os sucessores ao trono de Henrique VI.
Margarida de Anjou, esposa do rei, não aceita que o seu filho seja despojado de seus direitos e levanta um exército com a ajuda de nobres descontentes. Ricardo de Iorque é morto na
batalha de Wakefield e os seus títulos e pretensões ao trono são transmitidos a Eduardo, o seu filho mais velho. Alguns nobres, que até então estavam indecisos no apoio a Ricardo, acharam que os Lencastre desonraram o ato de acordo e Eduardo encontra neles apoio suficiente para proclamar-se rei. A batalha de Towton deve assim dar ao vencedor o direito de reinar sobre a Inglaterra, pela força das armas.
Chegando ao campo de batalha, o exército de Iorque está em número inferior pois que grande parte de suas forças, lideradas pelo duque de Norfolk, ainda não chegaram. Mas o líder de Iorque,
Lord Fauconberg, ordena aos seus arqueiros que tirem partido do vento favorável, fazendo com que chuvas de setas atinjam os adversários. Os Lencastre abandonam as suas posições defensivas, pois seus arqueiros não estão à distância necessária para atingir as linhas inimigas. O combate corpo a corpo que se segue dura horas, esgotando os combatentes. A chegada das tropas de Norfolk revigora os Iorquistas que, encorajados por Eduardo, colocam em fuga o exército adversário. Muitos dos combatentes do lado dos Lencastre são abatidos durante a fuga, alguns são espezinhados pelos próprios camaradas e outros afogam-se. Vários dos que são feitos prisioneiros são executados.