Crise de Suez, também conhecida como
Guerra de Suez, foi uma crise política que teve início em 29 de outubro de 1956, quando
Israel, com o apoio da
França e
Reino Unido, que utilizavam o canal para ter acesso ao comércio oriental, declarou guerra ao
Egito. O presidente do Egito,
Gamal Abdel Nasser havia
nacionalizado o
canal de Suez, cujo controle ainda pertencia à Inglaterra. Em consequência, o porto israelense de
Eilat ficaria bloqueado, assim como o acesso de Israel ao
mar Vermelho, através do
estreito de Tiran, no
golfo de Acaba.
Em 1956, o
nacionalismo, a
guerra fria e o
conflito árabe-israelense estiveram reunidos como fatores de um curto e violento conflito nas regiões egípcias do
Canal de Suez e da
Península do Sinai. O
Egito e outras nações árabes ganharam há pouco tempo a independência completa dos impérios controlados por potências europeias como
Grã-Bretanha e
França. Estas nações jovens com culturas antigas e histórias se esforçaram para ganhar suficiência econômica e militar e para valer os seus direitos políticos como povos livres. A luta da Guerra Fria entre o Ocidente na sua maioria democrática e capitalista contra o Oriente comunista dominado pela
União Soviética e na
China tanto ajudou e impediu os objetivos nacionalistas de muitos países africanos e asiáticos. Por exemplo, o Egito procurou ajuda externa na construção do projeto da Barragem de
Assuão, que passaria a controlar o selvagem
rio Nilo. Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, os principais intervenientes no Ocidente, se recusaram a ajudar o Egito por causa de seus laços políticos e militares para a União Soviética. Os soviéticos apressaram em ansiosamente para ajudar o Egito. Após isso, o Egito passou a ser considerado um amigo dos soviéticos, e uma nação não muito amigável para o Ocidente. Desta forma, a Guerra Fria afetou a jovem nação do Egito e suas relações com o resto do mundo. O conflito árabe-israelense começou em 1948 e levou Egito e Israel a serem inimigos até 1979. A segunda guerra entre esses vizinhos do Oriente Médio teve lugar em 1956.
Como parte da agenda nacionalista, o presidente egípcio
Nasser tomou controle do Canal de Suez tomando-o das empresas britânicas e francesas, que o possuiam. Ao mesmo tempo, como parte de sua luta permanente com Israel, forças egípcias bloquearam o
Estreito de Tiran, a hidrovia estreita que é a única saída de Israel ao
Mar Vermelho. Israel e Egito se enfrentaram várias vezes desde a guerra de 1948, tendo o Egito permitido e incentivado grupos de combatentes palestinos para atacar Israel a partir de território egípcio. Em resposta, as forças israelenses constantemente atacavam a fronteira, em retaliação. Grã-Bretanha e França, ambos em processo de perder os seus seculares impérios, decidiram, em uma estratégia conjunta, a ocupação do Canal de Suez. Isto teve como objetivo reafirmar o controle dessa hidrovia vital para as empresas britânicas e francesas expulsas pela nacionalização realizada por Nasser. Por sugestão da França, o planejamento foi coordenado com Israel, um fato que todas as três nações negaram por anos depois.