A
Malásia é uma sociedade multicultural, com malaios, chineses e indianos a compartilhar o país. Os malaios são a maior comunidade, atingindo 60% da população. São muçulmanos, falam
malaio (Bahasa Melayu) e são em grande parte responsáveis pela orientação política do país. Os chineses formam cerca de um quarto da população. São principalmente
budistas (da seita
Mahayana),
taoistas ou
cristãos, falam os dialectos hokkien/
fukien,
cantonês,
hakka e teochew e têm uma história de domínio dos negócios do país. Os indianos formam cerca de 10% da população. São na maioria tamiles e telagus hindus do sul da
Índia, falando tamil,
telugu,
malayalam e algum
hindi, e vivem principalmente nas grandes cidades da costa ocidental da península. Também existe uma comunidade
sikh de razoável tamanho. O resto da população é composta por eurasiáticos, cambojanos, vietnamitas e tribos indígenas. A maioria dos eurasiáticos é cristã. Os eurasiáticos, de ascendência mestiça, portuguesa e malaia, falam um
crioulo de base portuguesa chamado
Papia Kristang. Outros eurasiáticos, de ascendência mestiça, malaia e espanhola, descendentes de emigrantes vindos das
Filipinas, que vivem principalmente em
Sabah, falam o único crioulo de base castelhana asiático, o
Chavacano. Os
cambojanos e os vietnamitas são principalmente budistas (os cambojanos da seita
Theravada e os vietnamitas da seita
Mahayana). O
malaio é a língua oficial do país, mas o inglês é muito falado.
A maior tribo indígena em número são os
Iban de
Sarawak, cujo número sobe a mais de 600 000. Os Iban que ainda vivem em aldeias tradicionais na selva vivem em casas longas ao longo dos rios Rajang e Lupar e dos seus afluentes. Os Bidayuh (170 000) estão concentrados na parte sudoeste de Sarawak. A maior tribo indígena de
Sabah é a dos Kadazan. São principalmente agricultores de subsistência cristãos. Os Orang Asli (140 000), ou povos aborígenes, incluem várias comunidades étnicas diferentes que vivem na Malásia Peninsular. Tradicionalmente caçadores-recolectores e agricultores nómadas, muitos foram sedentarizados e parcialmente absorvidos pela Malásia moderna. Apesar disso, continuam a ser o grupo mais pobre do país.