Os
cumanos (; ;
turcomano:
kuman / plural
kumanlar), também conhecidos como
polovetsianos (,
Polovtsi) eram povos
nômades turcomanos que formavam o ramo ocidental da confederação de povos conhecida como
kiptchaks, até que a invasão mongol ocorrida em 1237 forçou-os a procurar refúgio no território da atual
Hungria. Com ligações históricas com os
pechenegues, habitavam uma área cujos limites estavam em constante alteração, ao norte do
mar Negro e ao longo do
rio Volga, conhecida como
Cumânia. Eventualmente se estabeleceram a oeste do mar Negro, influenciado a política do
Rus' de Kiev,
Bulgária,
Sérvia,
Hungria,
Moldávia e
Valáquia. Tribos cumanas e kiptchaks juntaram-se, politicamente, para criar uma confederação conhecida como Confederação Cumano-Kiptchak. Existem evidências do
idioma cumano em alguns documentos
medievais e é uma das
línguas turcomanas mais bem-conhecidas. O
Codex Cumanicus era um manual linguístico escrito para ajudar missionários
católicos a se comunicar com os cumanos.
Os cumanos foram guerreiros nômades da
estepe eurásia, que exerceram um impacto duradouro nos
Bálcãs medievais. O instrumento básico do sucesso político cumano era a sua força militar, que nenhuma das facções belicosas que habitavam a península balcânica pode resistir. Como consequência, grupos de cumanos se estabeleceram e se misturaram com as populações locais de diversas regiões dos Bálcãs. Uma possível origem cumana para os fundadores de três dinastias búlgaras sucessivas (
Asenidas,
Terteridas e
Shishmanidas) e uma dinastia
valáquia (Bassarábidas) foi proposta. No caso das dinastias bassarábida e asenida, no entanto, os documentos medievais referem-se a eles como dinastias valáquias (
romenas) Desempenharam um papel importante no
Império Bizantino, Hungria e Sérvia, onde imigrantes cumanos se integraram com as elites locais.
Os cumanos eram chamados de
Folban e
Vallani pelos
alemães, de
Kun (
Qoun) pelos
húngaros e
Polovtsy pelos
russos - todos com o significado de "
loiros". É difícil saber a quem os historiadores do passado se referiam quando utilizavam o nome
kiptchak - por vezes o termo era utilizado apenas para os cumanos, por vezes apenas para os kiptchaks
stricto sensu, e por vezes a ambos; isto se deve ao fato das duas nações terem se unido e vivido juntas (possivelmente com um grande intercâmbio de armamentos, cultura e até mesmo de uma fusão linguística). Esta confederação e co-habitação pode ter dificultado aos historiadores a tarefa de escrever exclusivamente sobre uma das duas nações.