Egiptologia é o estudo da cultura egípcia. É uma área da
arqueologia e da
história antiga. Ainda que comumente associada ao
período faraônico, a Egiptologia também se estende para as origens pré-dinásticas (anterior à unificação c. 3150 a.C) até períodos mais recentes da história do
Egito. A disciplina surgiu, oficialmente, quando da criação da cadeira de Egiptologia no
Collège de France para
Jean-François Champollion (
1790-
1832), após sua decifração da escrita egípcia, os
hieróglifos. A partir de então, uma nova luz abriu-se para os documentos dessa terra lendária que poderia ser interpretada, finalmente, através do ponto de vista dos próprios egípcios (até então vigoravam as interpretações bíblicas e de autores greco-romanos).
A egiptologia foi ganhando novas ramificações ao se tornar uma
ciência mais madura. Técnicas arqueológicas mais acuradas foram aplicadas na descoberta e conservação dos monumentos, envolvendo um amplo leque de disciplinas em estudos
arquitetônicos,
biológicos e
físicos, entre outros. Hoje em dia, a exploração de um sítio arqueológico no Egito envolve um longo processo de estudo deste antes de se começar qualquer escavação. Uma metodologia criteriosa é indispensável para a conservação das descobertas e este processo envolve igualmente sua análise e publicação para torná-las de acesso público.
Para C. W. Ceram, a egiptologia começou com a obra
Description de l'Égypte (ou "
Recueil des observations et recherches qui ont été faites en Égypte pendant l'expédition française"), onde foi reunido pelo Ministro do Interior Jean-Antoine Chaptal os registos da expedição científica que acompanhara
Napoleão Bonaparte na sua Campanha do Egito, em especial fundamentada nas gravuras de
Vivant Denon.