Federado, (; pl.
foederati) nos primórdios da História da
República Romana, identificava uma tribo associada a
Roma por tratado (
foedus), mas que não tinha foro nem de
colónia romana nem de
cidadania romana (
civitas) mas que ainda assim estava obrigada a fornecer um contingente de soldados, caso isso lhe fosse solicitado. Os
latinos eram considerados aliados de sangue, mas os demais eram federados ou
sócios (
socii). A palavra está na origem do termo moderno
federalismo.
Durante a República Romana, os atritos provocados por estas obrigações (sem que a elas correspondessem os benefícios da cidadania) levaram à
Guerra Social entre os romanos e os sócios revoltados. Uma lei de
90 a.C. (a Lei Júlia) outorgava a cidadania romana aos povos federados que aceitassem as suas condições. Nem todas as cidades, como Heracleia e
Nápoles estavam preparadas para serem absorvidas pela
res publica romana. Por outro lado, outros federados encontravam-se fora da
Itália: Gades (
Cádis), na
Hispânia e Massília (
Marselha), na
Gália Narbonense, são exemplos.
Posteriormente a expressão federados foi alargada para incluir a prática romana de subsidiar tribos
bárbaras, entre as quais se incluíam os
francos, os
vândalos, os
alanos e os
visigodos, entre outros, em troca de fornecerem contingentes militares para o exército romano.
Alarico começou a sua carreira comandando um grupo de federados visigodos.