As
feitorias foram
entrepostos comerciais, geralmente fortificados e instalados em zonas costeiras, que os
portugueses construiram para centralizar e, assim, dominar o
comércio dos produtos locais para o reino (e daí para a Europa). Funcionavam simultaneamente como mercado, armazém, ponto de apoio à
navegação e
alfândega. Eram governadas por um "
Feitor" encarregado de reger as trocas, negociar produtos em nome do rei e cobrar impostos (o quinto). Entre o século XV-XVI foram construídas numerosas feitorias em cerca de 50 fortificações ao longo das costas da
África ocidental e austral, no
Oceano Índico e no
Brasil. Facilmente abastecidas e defendidas por mar, as feitorias funcionavam como bases de colonização autónomas, que proporcionavam segurança e permitiram a Portugal dominar o comércio no
Atlântico e no Índico, estabelecendo um vasto império com poucos recursos humanos e territoriais.