Fernando Henrique Cardoso, também conhecido como
FHC (
Rio de Janeiro,
18 de junho de
1931), é um
sociólogo,
cientista político,
professor universitário,
escritor e
político brasileiro. Foi o trigésimo quarto
presidente da
República Federativa do Brasil entre 1995 a 2003. Natural da cidade do Rio de Janeiro, mudou-se com sua família para a
cidade de São Paulo, onde se casou em 1953 com a antropóloga e sua colega de faculdade
Ruth Vilaça Correia Leite, com quem teve três filhos. Fernando Henrique graduou-se em sociologia pela
Universidade de São Paulo e mais tarde tornou-se
professor emérito daquela universidade. Foi perseguido depois do
golpe militar de 1964, exilando-se no
Chile e na
França, voltando ao Brasil em 1968. Lecionou em universidades estrangeiras e desenvolveu uma importante carreira acadêmica, tendo produzido diversos estudos sociais premiados.
Fernando Henrique coordenou a elaboração da plataforma eleitoral do
Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Em 1978, inicia sua carreira política. Naquele ano, concorreu ao
Senado Federal, elegendo-se suplente de
Franco Montoro. Após a eleição deste para o
governo do estado de São Paulo, assume sua cadeira no senado em março de 1983. Participou da campanha das
Diretas Já, contribuindo para que não houvesse radicalização política durante a transição para a democracia. Foi derrotado por
Jânio Quadros em
1985 para
prefeito de São Paulo e reelege-se senador um ano depois. Torna-se um dos principais líderes nacionais do
Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Juntamente com outros dissidentes do partido, ajudou a fundar o
Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) em 1988. Após o
impeachment de Fernando Collor, contribuiu para a transição pacífica para o governo de
Itamar Franco, de quem foi
ministro das Relações Exteriores e
ministro da Fazenda. Neste cargo, chefiou a elaboração do
Plano Real, que acabou com a
hiperinflação e estabilizou a economia. Com a ajuda do sucesso do plano, foi eleito Presidente da República no primeiro turno da
eleição de 1994.
Foi empossado presidente em 1º de janeiro de 1995. Prosseguiu com as reformas econômicas iniciadas, as taxas de inflação continuaram baixas, houve a
privatização de diversas empresas e a abertura de mercado, que deu maior visibilidade no mercado externo. O governo conseguiu a aprovação de leis na área econômica e administrativa, como a Emenda Constitucional de 1997, que permitiu a reeleição para cargos executivos. Em 1998 venceu a
eleição presidencial no primeiro turno, tornando-se o primeiro presidente até então a ser reeleito. Durante o segundo mandato, crises internacionais, uma
forte desvalorização do Real, a
crise do apagão e outros acontecimentos ocorreram. Consequentemente, teve uma grande queda de popularidade.