O que inicialmente começou como uma rebelião antilusitana em
Salvador em
18 de fevereiro de 1822, se transformou após a proclamação da independência, às margens do
riacho Ipiranga a
7 de setembro de 1822, em lutas mais encarniçadas nas regiões onde, por razões estratégicas, se registrava maior concentração de tropas do
Exército Português, a saber, nas então Províncias
Cisplatina, da
Bahia, do
Piauí, do
Maranhão e do
Grão-Pará.
Recorde-se que a maior parte da oficialidade era de origem portuguesa. Desse modo, o recém formado governo brasileiro (não reconhecido pelo governo português, que ainda considerava o Brasil parte integrante do
Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves) através de seu Ministro
José Bonifácio de Andrada e Silva, adotou as providências para eliminar a resistência portuguesa. Para esse fim providenciou a compra de armas e navios, o recrutamento de tropas nacionais e o contrato de estrangeiros (mercenários), bem como medidas repressivas como o confisco de bens e a expulsão daqueles que não aceitassem a emancipação política do Brasil. No plano econômico, proibiu-se o comércio, e, no diplomático, autorizou-se a
guerra de corso, contra Portugal.