Hemera , na
mitologia grega, era filha de
Nix (a noite) com
Érebo (as trevas), uma divindade primordial e a
personificação da luz do
dia e do ciclo da manhã. Segundo o poeta romano
Higino, teve um romance com seu irmão
Éter e com ele teve três filhos, Terra (
Gaia), Coelum (
Urano) e Mare (
Tálassa). Nasceu junto de Éter e das
Hespérides. Também era chamada de
Amara(
Αμαρα, "Dia"). Os romanos a chamavam de
Dies.
Algumas tradições colocam Éter e Hemera como pais apenas de Urano e de Gaia, logo como a semente de quase todos os
deuses gregos. Segundo a mitologia, momentos antes de Hemera conceber Urano e Gaia, ouviam-se grandes estrondos por todo Universo, como se o céu estivesse sendo influenciado pela deusa (é citado que isso se deve ao fato de Hemera ter uma forte ligação com
Éter). Mais tarde, passou a compor o séquito de
Hélio ao lado das Hespérides. Era também guardiã das fronteiras, entre o mundo onde chegava a luz e o mundo das sombras.
Segundo
Hesíodo, Hemera habita junto com sua mãe além do Oceano, no extremo do Ocidente. Lá, um grande muro separa as portas do inferno do mundo visível. Atrás do muro há o grande palácio onde ambas residem, mas nunca as duas estão juntas. Quando Hemera sai, sua mãe espera até a hora de lançar a noite sobre o mundo. Quando Hemera retorna, cruza por sobre o muro e cumprimenta sua mãe que saia para correr pelo Mundo. Como diz Hesíodo:
"Nunca o palácio fecha ambas".