Como não há povos nativos da
Antártida, a
história da Antártida é a história da sua exploração. É muito provável que os primeiros a visitá-la tenham sido os povos vizinhos ao continente: os povos Aush da
Terra do Fogo, por exemplo, falam sobre o "país do gelo" e um chefe
maori de nome Ui-Te-Rangiora teria atingido a região em 650 d.C. No entanto, esses povos não deixaram vestígios de sua presença.
A crença na existência da
Terra Australis — um vasto continente localizado ao sul com a finalidade de balancear o peso da Europa, Ásia e África — foi proposta por
Ptolemeu e
Aristóteles na
Grécia Antiga. Por isso, a inclusão nos mapas de uma grande massa de terra ao sul era comum em mapas do
século XVI. Mesmo no final do
século XVII, com o conhecimento de que a
América do Sul e a
Austrália não faziam parte da
Antártida, os geógrafos acreditavam que o continente fosse muito maior do que é na verdade. A situação permaneceu assim até a expedição de
James Cook.
Até o final do
século XIX, no entanto, a Antártida não havia sido estudada de forma exaustiva e a ocupação humana limitava-se às ilhas subantárticas. Com os dois Congressos Internacionais de Geografia, realizados no final do século, a situação começou a mudar e diversos governos
europeus, além dos
Estados Unidos, patrocinaram exploradores. Sobressaem-se a disputa entre
Roald Amundsen e
Robert Falcon Scott pela conquista do
Polo Sul e a posterior tentativa de
Ernest Henry Shackleton de atravessar o continente. Recentemente, após o
Tratado da Antártida, 27 países mantêm bases científicas e mais cientistas realizaram expedições.