Homo é o
gênero que inclui os humanos modernos (
Homo sapiens) e
espécies estreitamente relacionadas com eles. Estima-se que o gênero tenha se iniciado há cerca de 2,5-3,2 milhões de anos, evoluindo de ancestrais
australopitecíneos com o surgimento do
Homo habilis. O
H. habilis, especificamente, é considerado descendente direto do
Australopithecus garhi, que viveu cerca de 2,5 milhões de anos atrás. No entanto, em maio de 2010, o
Homo gautengensis foi descoberto, uma espécie que acredita-se ser ainda mais antiga que o
H. habilis.
O mais saliente desenvolvimento fisiológico entre as duas espécies é o aumento da
capacidade encefálica (ou craniana), de cerca de 450 cm³ no
A. garhi para 600 cm³ no
H. habilis. Dentro do gênero
Homo, a capacidade craniana novamente foi duplicada entre o
H. habilis e o
Homo ergaster, ou através do
H. erectus ao
Homo heidelbergensis, de 0,6 milhões de anos atrás. A capacidade craniana do
H. heidelbergensis sobrepôs-se com a variação encontrada nos humanos modernos.
Acreditava-se que o advento do gênero
Homo tinha coincidido com a primeira evidência do uso
ferramentas de pedra (a indústria
Olduvaiense) e assim, por definição, com o início do período
Paleolítico Inferior. No entanto, uma recente evidência encontrada na
Etiópia indicou que a primeira vez que houve a utilização de ferramentas de pedra ocorreu há 3,39 milhões de anos. O surgimento do gênero
Homo coincide aproximadamente com o início da glaciação do Quaternário, o início da
era do gelo atual.