O termo
intelectual deriva do
latim tardio intellectualis,
adjetivo que indica aquilo que, em
filosofia, diz respeito ao
intelecto na sua atividade
teórica, ou seja, separado da
experiência sensível - esta considerada como de grau
cognitivo superior. Na concepção
aristotélica, eram definidas, como intelectuais,
virtudes como
ciência,
sapiência,
inteligência e
arte, as quais permitiriam à "
alma intelectiva" - distinta da "alma vegetativa" e da "alma sensitiva" e entendida como
princípio vital do Homem - alcançar a
verdade. No campo da
metafísica, o termo indicava a
abstração, em contraposição à
concretude e à
materialidade.
Contemporaneamente, a definição do intelectual é geralmente construída pelos próprios intelectuais e segundo suas respectivas concepções, o que resulta em várias abordagens e definições do termo. Autores como
Norberto Bobbio e
Bernard-Henri Lévy concordam em pelo menos um aspecto: o intelectual se define
social e
historicamente, segundo o papel das
ideias em uma dada sociedade. Segundo Bobbio, "toda sociedade em todas as épocas teve seus intelectuais ou, mais precisamente, um grupo mais ou menos amplo de pessoas que exercem o
poder espiritual ou
ideológico, em oposição ao
poder temporal ou
político."