Segundo filho do rei
Carlos I, ele ascendeu ao trono depois da morte do irmão
Carlos II. No entanto, membros da elite política e religiosa
anglicana suspeitavam cada vez mais que Jaime era pró-francês e pró-católico e também tramava se tornar um monarca
absoluto. As tensões explodiram com o nascimento de seu herdeiro católico
Jaime Francisco Eduardo e vários nobres convidaram seu genro e sobrinho
protestante Guilherme III, Príncipe de Orange, para invadir a
Inglaterra com um exército. Jaime fugiu para a
França em dezembro 1688, considerando-se que assim havia abdicado do trono. Ele foi substituído por Guilherme e sua filha protestante Maria. Jaime fez uma grande tentativa para recuperar suas coroas ao desembarcar na
Irlanda em 1689, porém voltou para a França depois da derrota das forças
jacobitas na
Batalha do Boyne em 1 de julho de 1690. Ele viveu o resto de sua vida como pretendente em uma corte patrocinada por seu primo e aliado, o rei
Luís XIV da França.
Jaime é mais lembrado por suas disputas com o parlamento inglês e por suas tentativas de criar
liberdade religiosa para católicos ingleses e não-conformistas protestantes contra os desejos do
establishment anglicano. Entretanto, ele continuou com a perseguição dos covenanters presbiterianos na
Escócia. O parlamento, se opondo ao crescimento do absolutismo que estava ocorrendo em outros países europeus, além da perda da supremacia legal da
Igreja Anglicana, viu a oposição como um modo de preservar o que consideravam como liberdades tradicionais inglesas. Essa tensão fez o reinado de quatro anos de Jaime uma disputa pela supremacia entre o parlamento e a coroa, resultando na sua deposição, na aprovação da
Declaração de Direitos de 1689 e a posterior
sucessão hanoveriana.