Nascido em Londres, frequentou a
Christ’s College da
Universidade de Cambridge, onde graduou-se em 1629 e obteve um mestrado em 1632. Leu obras antigas e modernas de teologia, filosofia, história, política, literatura e ciência, e em maio de 1638, viajou para França e Itália em uma
digressão, se encontrou com o astrônomo
Galileu Galilei e visitou a
Accademia della Crusca. Ao voltar para a Inglaterra, escreveu prosas contra o
episcopado em plena
Guerra Civil Inglesa, e atacou
William Laud, arcebispo de Cantuária. Em março de 1649 foi feito Secretário de línguas estrangeiras pelo Conselho de Estado. Durante esse período publicou textos em defesa dos princípios republicanos, e em 1654 ficou completamente cego e consequentemente pobre. Após a
Restauração Inglesa, Milton continuou a defender a república e criticar a monarquia. Se escondeu e recebeu um mandado de prisão, sendo perdoado posteriormente. Ele morreu em 1674, tendo se casado três vezes.
Sua prosa e poesia refletiam profundas convicções pessoais, a paixão pela liberdade e autodeterminação, e as questões urgentes e turbulência política de sua época. Escrevendo em inglês, latim e italiano, ele alcançou fama internacional em sua vida, e seu célebre
Areopagítica (1644) — escrito em condenação da censura pré-publicação — está entre as defesas mais influentes e apaixonadas da história da liberdade de expressão e liberdade de imprensa.