O
reino da Galiza, ou
unidade administrativa da Galiza,
de jure dependente do
reino das Astúrias (até depois do séxulo X) ou de
Leão, surgiu como reino
de facto na primeira divisão das
Astúrias por testamento de
Afonso III, o Casto entre os seus três filhos (a saber:
Garcia I de Leão,
Ordonho II de Galiza e
Fruela II das Astúrias). Tornando ora a anexar-se, ora a <<independer>> por curto período (não em sentido de autonomia permanente ou de esforços com fins de indepedência), a
Galiza, não obstante a emancipassem politicamente testamentos e desavenças internas, consistiu, até
Garcia II (
1065-
1071), numa dentre as três grandes unidades para fins de organização administrativa das
Astúrias que esporadicamente se <<independeu>> (demais
unidades: Astúrias, propriamente dita, Castela, Leão e,
pelos fins do século IX,
Portucale). Deste marco em diante, não se lhe havendo mais conferido independência política, governou-se-a unicamente como território
de jure dos sucessivos e absorvidos reinos Leão (até
1230) e Castela (até
1516) pelo vindouro (e hodierno) de
Espanha, porquanto o termo
Galiza constituísse mero "título" agregado aos das respectivas e sucessivas coroas. Durante breve espaço de tempo, os
Fernando I e
Afonso V também consideraram-se reis da Galiza (bem como
reis de Castela e ), por via matrimonial. Oficialmente, a Galiza manteve-se como <<reino>> até
1833, ano em que foi dividida conforme suas
quatro actuais províncias. Em
1837, a denominação foi extinguida da intitulação régia, supondo-se-a sob o termo geral de
Reino de Espanha.