O
Livro de Miquéias é o sexto livro dos doze
profetas menores da
Bíblia hebraica e cristã, vem depois do
Livro de Jonas e antes do
Livro de Naum. Este pequeno livro profético do Antigo Testamento se caracteriza pela condenação dos ricos por explorarem os pobres. Denuncia os governantes, chefes e ricos das cidades de Jerusalém e Samaria. Estes estavam roubando o povo através da língua enganosa, com armadilhas, exigiam presentes e subornos. Miquéias também denunciou a cobiça, os ganhos imorais, a maldade planejada, a balança desonesta e o crime organizado. O conteúdo deste livro apesar de ter quase 2700 anos é bem atual.
Miquéias nasceu em Morasti (Moréshet), uma vila no interior do reino de
Judá, a oeste de
Hebron. Por sua origem camponesa se assemelha à
Amós, com quem compartilha uma aversão às grandes cidades e uma linguagem concreta e franca, nas comparações breves e nos jogos de palavras. Ele exerceu sua atividade entre os reinados de
Jotão (Iotâm),
Acaz,
Ezequias e
Manassés, isto é entre 750 e 680 AC, antes e depois da tomada de
Samaria pelos
assírios em 721 AC, tendo sido contemporâneo de
Oséias e de
Isaías.