Nascido em Versalhes, recebeu o título de Duque de Berry. Após a morte repentina de seu pai
Luís Fernando, tornou-se o novo herdeiro da França em 1765, e coroado rei aos 19 anos. A primeira parte de seu reinado foi marcada por tentativas de reformar a França, de acordo com os ideais
iluministas. Estes incluíram esforços para abolir a
servidão, remover a
taille, e aumentar a
tolerância em relação aos protestantes. A
nobreza francesa reagiu com hostilidade às reformas propostas, e se opuseram com sucesso a sua implementação. Em seguida ocorreu o aumento do descontentamento entre as pessoas comuns. Em 1776, Luís XVI apoiou ativamente os colonos norte-americanos, que buscavam sua
independência da Grã-Bretanha, que foi realizada no
Tratado de Paris de 1783.
A dívida e crise financeira que vieram em seguida contribuíram para a impopularidade do
Antigo Regime, que culminou no
Estado Geral de 1789. O descontentamento entre os membros das classes média e baixa da França resultou em reforçada oposição à aristocracia francesa e à monarquia absoluta, das quais Luís e sua esposa, a rainha
Maria Antonieta, eram vistos como representantes. Em 1789, a
tomada da Bastilha, durante os distúrbios em Paris, marcou o início da
Revolução Francesa. A indecisão e conservadorismo de Luís levaram algumas percepções ao povo da França em vê-lo como um símbolo da tirania do Antigo Regime, e sua popularidade se deteriorou progressivamente. Sua desastrosa
fuga de Varennes, em junho de 1791, quatro meses antes da
monarquia constitucional ser declarada, parecia justificar os rumores de que o rei amarrou suas esperanças de salvação política nas perspectivas de alguma
invasão estrangeira. Sua credibilidade foi extremamente comprometida. A abolição da monarquia e a instauração da república tornaram-se possibilidades cada vez maiores.