A
Lua é o único
satélite natural da
Terra e o quinto maior do
Sistema Solar. É o maior satélite natural de um planeta no sistema solar em relação ao tamanho do seu
corpo primário, tendo 27% do diâmetro e 60% da densidade da Terra, o que representa da sua
massa. Entre os satélites cuja densidade é conhecida, a Lua é o segundo mais denso, atrás de
Io. Estima-se que a formação da Lua tenha ocorrido há cerca de
* de anos, relativamente pouco tempo após a formação da Terra. Embora no passado tenham sido propostas várias hipóteses para a sua origem, a explicação mais consensual atualmente é a de que a Lua tenha sido formada a partir dos detritos de um
impacto de proporções gigantescas entre a Terra e um
outro corpo do tamanho de
Marte.
A Lua encontra-se em
rotação sincronizada com a Terra, mostrando sempre a mesma
face visível, marcada por
mares vulcânicos escuros entre montanhas cristalinas e proeminentes
crateras de impacto. É o mais brilhante objeto no céu a seguir ao
Sol, embora a sua superfície seja na realidade escura, com uma refletância pouco acima da do asfalto. A sua proeminência no céu e o seu ciclo regular de
fases tornaram a Lua, desde a
antiguidade, uma importante referência cultural na língua, em
calendários, na arte e na mitologia. A influência da gravidade da Lua está na origem das
marés oceânicas e ao
aumento do dia sideral da Terra. A sua atual distância orbital, cerca de trinta vezes o diâmetro da Terra, faz com que no céu o satélite pareça ter o mesmo tamanho do Sol, permitindo-lhe cobri-lo por completo durante um
eclipse solar total.
A Lua é o único
corpo celeste para além da Terra no qual os seres humanos já
pisaram. O
Programa Luna, da
União Soviética, foi o primeiro a atingir a Lua com
sondas não tripuladas em 1959. O
Programa Apollo, do governo dos
Estados Unidos, permitiu a realização das únicas missões tripuladas até hoje ao satélite, desde a primeira viagem tripulada em 1968 pela
Apollo 8, até seis alunagens tripuladas entre 1969 e 1972, a primeira das quais a
Apollo 11. Estas missões recolheram mais de 380 quilogramas de
rochas lunares que têm sido usadas no estudo sobre a origem,
história geológica e
estrutura interna da Lua. Após a missão
Apollo 17, em 1972, a Lua foi visitada apenas por naves espaciais não tripuladas, como pela última sonda do programa soviético
Lunokhod. Desde 2004,
Japão,
China,
Índia,
Estados Unidos e a
Agência Espacial Europeia enviaram sondas espaciais ao satélite natural. Estas naves espaciais têm contribuído para confirmar a descoberta de água gelada em crateras lunares permanentemente escuras nos pólos e vinculada ao
regolito lunar. Missões tripuladas futuras para a Lua foram planejadas, através de esforços de governos e do financiamento privado. A Lua permanece, conforme acordado no
Tratado do Espaço Exterior, livre para todas as nações que queiram explorar o satélite para fins pacíficos.