Em
astronomia e
cosmologia física, a
metalicidade (também chamada
Z) de um objeto é a proporção da sua matéria constituída de
elementos químicos diferentes do
hidrogênio e
hélio. Como as estrelas, que se constituem na maior parte da matéria visível do
universo, são compostas principalmente de hidrogênio e hélio, os astrônomos usam por conveniência o termo genérico "metal" para descrever todos os outros elementos coletivamente. Assim, uma
nebulosa rica em
carbono,
nitrogênio,
oxigênio e
neônio seria "rica em metais" em termos astrofísicos, embora esses elementos sejam não-metais na química. Este termo não deve ser confundido com a definição usual de "
metal";
ligações metálicas são impossíveis no interior de estrelas, e as ligações químicas mais fortes só são possíveis nas camadas externas de estrelas frias
tipos K e M. A química normal, portanto, tem pequena ou nenhuma relevância no interior estelar. A metalicidade de um objeto astronômico pode fornecer uma indicação da sua idade. De acordo com a teoria do
Big Bang, quando da criação do universo ele consistia quase que inteiramente de hidrogênio, o qual, pela
nucleossíntese primordial, criou uma proporção de bom tamanho de hélio, apenas traços de
lítio e
berílio e nenhum elemento mais pesado. Portanto, as estrelas mais antigas têm metalicidades menores do que as estrelas mais jovens, como o nosso Sol.