A
Ofensiva da Primavera de 1918 ou
Kaiserschlacht (
A Batalha do Kaiser em
alemão), também conhecida como a
Ofensiva Ludendorff, foi um conjunto de ataques
alemães aos
Aliados, ao longo da
Frente Ocidental, durante a
Primeira Guerra Mundial, iniciados a 21 de Março de 1918, que marcaram os avanços mais significativos, para ambos os lados, desde o início do conflito em 1914. As forças alemãs tomaram consciência de que a única, e última, hipótese de vitória era derrotar os Aliados antes da entrada das forças
norte-americanas, superiores em termos de recursos humanos e materiais. Nesta altura, os alemães tinham uma vantagem temporária em termos de número de homens, com cerca de 50
divisões disponíveis depois da rendição dos
russos pelo
Tratado de Brest-Litovski.
Foram quatro os ataques alemães com o nome de código
Michael,
Georgette,
Gneisenau e
Blücher-Yorck.
Michael, o primeiro, constituiu o principal ataque, cujo objectivo era penetrar nas linhas Aliadas, cercar as forças britânicas que defendiam a frente a partir do
rio Somme até ao Canal da Mancha e derrotar o Exército Britânico. Quando este objectivo fosse cumprido, esperava-se que os franceses assinassem um armistício. As outras ofensivas dependiam da
Michael e e serviam para desviar as atenções dos Aliados da principal ofensiva no Somme.
No entanto, os objectivos estratégicos da operação não existiam. Não foi estabelecido qualquer objectivo claro antes do começo das ofensivas e, já durante as operações, os alvos dos ataques mudavam constantemente de acordo com a situação táctica do campo de batalha. Por seu lado, os Aliados concentraram as suas forças principais em zonas essenciais (a aproximação aos portos do Canal e a estação de caminhos-de-ferro de Amiens), deixando o terreno estrategicamente sem valor, destruído por anos de combates, com apenas algumas defesas.