A
Pax Romana, expressão latina para "A Paz Romana", é o longo período de relativa paz, gerada pelas armas e pelo autoritarismo, experimentado pelo
Império Romano que iniciou-se quando
Augusto, em
27 a.C., declarou o fim das guerras civis e durou até o ano da morte do imperador
Marco Aurélio, em
180 d.C..
Este termo enquadra-se historicamente nos dois primeiros séculos do Império Romano, instaurado em
27 a.C. por Otávio Augusto. Neste período, a população romana viveu protegida do seu maior receio: as invasões dos
bárbaros que viviam junto às fronteiras, o
limes.
Pax Romana era uma expressão já usada na época, possuindo um sentido de segurança, ordem e progresso para todos os povos dominados por Roma. Tem maior expressão nas dinastias imperiais dos
Flávios (
68-
96) e dos
Antoninos (
96-
192).
Plínio, o Velho realçava já a "imensa majestade da paz romana, essa dádiva dos deuses que parece ter trazido os Romanos ao mundo para o iluminar". De fato, a aventura conquistadora dos Romanos nasce com o fim das
Guerras Púnicas (
264 a.C.-
146 a.C.), eliminado que estava o maior inimigo e potencial entrave para o domínio romano em torno do
mar Mediterrâneo. As conquistas sucedem-se, da
península Ibérica à
Anatólia. Entre
58 a.C. e
51 a.C., a
Gália é submetida por
Júlio César, que submete também a
Germânia renana.
À data da morte de Júlio César(
44 a.C.), Roma domina quase toda a bacia mediterrânica, que foi completamente conquistada até ao
século II d.C., o mesmo acontecendo à
província romana da
Britânia (actual
Inglaterra), no tempo de
Cláudio, em 71, e às regiões
danubianas -
Récia,
Panónia,
Dácia,
Nórica, e principalmente na época de
Trajano, que chega mesmo à
Mesopotâmia. Assim, Roma passa a dominar um vasto império, desde a fronteira da actual
Escócia até ao
Médio Oriente e do
Danúbio ao
Egito e a
Marrocos.