O
Ramáiana, também conhecido como
Ramayana ou
Ramaiana (
devanágari: रामायण,
transl. Rāmāyaṇa) é um
épico sânscrito atribuído ao poeta
Valmiki, parte importante do
cânon hindu (
smṛti). O nome é um composto
tatpurusa de e "indo, avançando", cuja tradução é "a viagem de
Rama". O consiste de 24.000 versos em sete cantos () e conta a história de um príncipe,
Rama de
Ayodhya, cuja esposa
Sita é abduzida pelo demônio (
Rākshasa) rei de
Lanka,
Rāvana. Seus versos são escritos numa métrica de trinta e duas sílabas chamada de
Anustubh. Na sua forma atual, o Ramáiana de Valmiki data variadamente de 500 a.C. a 100 a.C., ou quase contemporâneo às versões mais antigas do
Mahābhārata. Como os épicos mais tradicionais, como passou por um longo processo de interpolações e redações, é impossível datá-lo com precisão. O Ramáiana teve uma importante influência na poesia sânscrita posterior, principalmente devido ao uso da métrica
Sloka. Mas, como o seu primo épico
Maabárata, o Ramáiana não é só uma história ordinária. Contém os ensinamentos dos antigos sábios hindus e os apresenta através de alegorias na narrativa e a intercalação do filosófico e o devocional. Os personagens de Rama, Sita,
Lakshmana,
Bharata,
Hanumān e Rāvana (o vilão da peça) são todos fundamentais à consciência cultural da Índia.
O Ramáiana não é só um conto religioso hindu. A partir do século VIII, começou a colonização do sudeste asiático pelos indianos. Vários grandes impérios, como os
Khmers, os
Majapahits, os Sailendras, os
Champas e Sri Vijaya, se estabeleceram. Por causa disso, o Ramayana se tornou popular no sudeste asiático e se manifestou em texto, arquitetura e perfórmance, particularmente na
Indonésia (
Java,
Sumatra,
Bali e
Bornéu),
Tailândia,
Camboja,
Laos,
Malásia,
Mianmar,
Filipinas e
Vietnã.