A
Ânglia Oriental (
East Anglia em
inglês) era um reino estabelecido pelos
anglos na região hoje pertencente aos condados de
Norfolk e
Suffolk, na
Inglaterra. Integrava a chamada
Heptarquia anglo-saxã. Surgiu a partir da união do
North Folk com o
South Folk ("povo do norte" e "povo do sul", em inglês). As origens exatas do reino são desconhecidas, mas a tradição contida na
Crônica Anglo-Saxã relata sua fundação sob o reinado de Wuffa (?-578), primeiro rei da dinastia dos Wuffingas, cujo soberano mais conhecido é Redvaldo (599-624 ou 625).
Por um período curto em torno do ano 616, em seguida a uma vitória militar contra o Reino da
Nortúmbria, a Ânglia Oriental foi o mais poderoso dos Estados anglo-saxões da
Grã-Bretanha; seu rei, Redvaldo, tornou-se
Bretvalda (
suserano da Heptarquia). Nos quarenta anos seguintes, o reino foi derrotado três vezes pela
Mércia e continuou a declinar. Em 794, o Rei Offa da Mércia ordenou a execução do Rei Etelberto (
Aethelbert em inglês) e assumiu o controle da Ânglia Oriental.
A restauração da independência dos anglos orientais ocorreu mediante uma revolta bem-sucedida contra a Mércia (825-827), na qual dois reis mércios foram mortos tentando reprimi-la. Em 20 de novembro de 870, porém, os
vikings mataram o rei Edmundo e tomaram o reino, embora o mantivessem como Estado vassalo até 879, quando passaram a governar a área diretamente, sendo rei o dinamarquês
Guthrum, o velho (879-890). Os saxões retomaram a área em 920 e a perderam em 1015-1017, quando foi conquistada por
Canuto, o Grande, e concedida a Thorkel, o Alto, em 1017, em caráter de feudo.