O
republicanismo é o sistema de valores
políticos que vem sendo a parte principal do pensamento cívico dos
Estados Unidos desde a
Revolução Americana. Ela enfatiza a
liberdade e os
direitos inalienáveis como seus valores centrais, faz do povo, como um todo, soberano, rejeita o poder político herdado, espera que os cidadãos sejam independentes em sua atuação nos deveres cívicos, e vilaniza a
corrupção política. O republicanismo americano foi fundado e praticado pela primeira vez pelos
Pais Fundadores da nação, no século XVIII. O sistema teve como base os modelos
romano,
renascentista e inglês. Além da Revolução Americana, serviu como base para a
declaração de independência (1776) e da
constituição (1787) do país, bem como o
Discurso de GettysburgRepublicanismo não é o mesmo que
democracia, na medida em que ele assegura que as pessoas têm direitos inalienáveis que não podem ser eliminados nem mesmo por uma maioria de eleitores. Desde a década de 1830, quando
Alexis de Tocqueville alertou a respeito da "
tirania da maioria" numa democracia, os defensores das minorias têm procurado avisar sobre a necessidade dos
tribunais protegerem estes direitos, revertendo os esforços feitos pelos votantes de acabarem com os direitos de uma minoria impopular. De acordo com Martin Edelman, professor de
ciência política da
Universidade do Estado de Nova Iorque em Albany (1984), o que o juiz da
Suprema Corte Joseph Story havia alertado, quando se opôs à democracia jacksoniana, havia acontecido; Story via "opressão" quando as maiorias populares de diversos estados, durante a década de 1830, começaram a restringir e erodir os direitos de propriedade da minoria de homens ricos. Para Edelman o Chefe de Justiça
John Marshall, ao se utilizar da doutrina da
revisão judicial teve um papel crucial na promoção do republicanismo dos pais fundadores.
"Republicanismo" deriva do termo "
república", porém as duas palavras têm significados bem diferentes; enquanto "república" é uma
forma de governo, "republicanismo" é uma ideologia política.