Ricardo II ( –
c. ) foi o
Rei da Inglaterra de 1377 até ser deposto em 1399. Filho de
Eduardo, o Príncipe Negro e
Joana de Kent, nasceu durante o reinado de seu avô
Eduardo III. Se tornou o segundo na linha de sucessão aos quatro anos após a morte de seu irmão mais velho. Ricardo virou o
herdeiro aparente do avô quando seu pai morreu em 1376. Eduardo III morreu no ano seguinte e Ricardo ascendeu ao trono com apenas dez anos.
Seu governo ficou nas mãos de uma série de conselhos durante os primeiros anos de reinado. A comunidade política preferia esse modelo ao invés de uma regência liderada por seu tio
João de Gante, que mesmo assim permaneceu influente. O primeiro grande desafio do reinado foi a
Revolta Camponesa de 1381. O jovem Ricardo teve um grande papel na supressão da crise. Entretanto, nos anos seguintes a dependência do rei em um pequeno número de cortesãos levou a um descontentamento na comunidade política, com o controle governamental sendo tomado em 1387 por um grupo de nobres conhecidos como Lordes Apelantes. Ricardo reconquistou o controle por volta de 1389 e governou com relativa harmonia pelos oito anos seguintes.
Ele se vingou dos apelantes em 1397, com muitos sendo executados ou exilados. Os dois anos seguintes foram descritos por historiadores como a "tirania" de Ricardo. Em 1399, depois da morte de João de Gante, o rei deserdou o primo
Henrique de Bolingbroke, que anteriormente havia sido exilado. Henrique invadiu a
Inglaterra em junho com uma pequena força que rapidamente cresceu. Afirmando que seu objetivo era apenas reconquistar seu patrimônio, ficou logo claro que ele planejava reivindicar o trono para si mesmo. Encontrando pouca resistência, Henrique depôs Ricardo e se corou como Henrique IV. Ricardo morreu em cativeiro no ano seguinte, acredita-se de fome, apesar de seu destino final ainda ser debatido.