Nos anos 1960 ele se envolveu em uma polêmica com
C. Wright Mills a respeito da natureza da política nos Estados Unidos, que se tornou um momento decisivo do desenvolvimento da ciência política norte-americana. Mills sustentava que os governos dos Estados Unidos eram controlados por uma elite de poder unitária e demograficamente restrita. Dahl respondeu afirmando a existência de muitas elites diferentes, as quais têm de operar em situações tanto de conflito quanto de compromisso entre si. E é isso, Dahl assevera, que constitui a democracia ou, pelo menos, a
poliarquia – conceito formulado posteriormente por ele para se referir ao ordenamento institucional que prevê a formação de governos através de
eleições realizadas em contextos competitivos e inclusivos, ainda que não se alcancem os ideais mais exigentes de
soberania popular freqüentemente associados ao conceito de democracia.
Em anos mais recentes, os escritos de Dahl assumiram um tom mais pessimista. Em
Quão Democrática é a Constituição Americana? (2002) ele argumentou que a
Constituição dos Estados Unidos é muito menos democrática do que deveria ser.