A RAF foi formada no início dos
anos 70 por
Andreas Baader,
Gudrun Ensslin,
Ulrike Meinhof e
Horst Mahler. Durante seus 28 anos de existência, nos quais contou com três gerações diferentes de integrantes, o popularmente assim chamado
Grupo Baader-Meinhof foi responsável por inúmeras operações de guerrilha e atentados na Alemanha, especialmente os cometidos no segundo
semestre de 1977, já por sua segunda geração de militantes, que levou a uma
crise institucional no país conhecida como Outono Alemão. Durante três
décadas de operações, o grupo foi responsabilizado por 34 mortes, incluindo alvos secundários como
motoristas e
guarda-costas, e centenas de ferimentos em
civis e
militares, nacionais e estrangeiros em
território alemão, além de milhões de
marcos em danos ao
patrimônio público e privado.
A organização sempre referiu-se a si própria como Fração do Exército Vermelho. Os termos
Grupo Baader-Meinhof ou
Bando Baader-Meinhof, pelos quais ficaram popularmente conhecidos e temidos, vem da designação dada a eles pela
mídia alemã, como maneira de evitar a legitimização do movimento como organização política verdadeira, tratando-os apenas como uma associação criminosa
terrorista comum. Apesar de Ulrike Meinhof, uma de suas fundadoras, não ter tido verdadeiramente uma posição de liderança
intelectual dentro da cúpula da organização, papel este exercido por Gudrum Ensslin, ela passou a ser designada como
Baader-Meinhof após o resgate de Andreas Baader da prisão onde se encontrava, em maio de 1970, por um
comando liderado por Meinhof, já uma nacionalmente conhecida
jornalista,
escritora,
documentarista e
militante radical de esquerda, que a partir dali entrou na
clandestinidade e na
luta armada. A organização teve três encarnações sucessivas, a primeira consistindo de Andreas Baader e seus associados, quase todos mortos ou presos já na segunda metade dos anos 70; a segunda, que operou a partir da prisão dos principais líderes e fundadores até o fim da década, formada por ex-integrantes de grupos de militância estudantil radical como o
SPK (Sozialistisches Patientenkollektiv), nascido na
Universidade de Heidelberg em 1970, que se juntaram aos remanescentes do grupo original; e a terceira geração, que operou nos
anos 80 e 90.