No começo, as apresentações ousadas, acrescidas de um
figurino e uma
maquiagem extravagantes, fizeram a banda ganhar imensa notoriedade e reconhecimento, sobretudo por canções como "
O Vira", "
Sangue Latino", "
Assim Assado", "
Rosa de Hiroshima", que misturam
danças e
canções do
folclore português como o
Vira com críticas à
Ditadura Militar e a poesia de
Cassiano Ricardo,
Vinícius de Moraes,
Oswald de Andrade,
Fernando Pessoa, e
João Apolinário, pai de João Ricardo, com um
rock pesado inédito no país, o que a fez se tornar um dos maiores fenômenos musicais do Brasil da época e um dos mais aclamados pela crítica nos dias de hoje.
Seu álbum de estréia,
Secos e Molhados I (1973), foi possível graças à tais performances que despertaram interesse nas gravadoras, e projetou o grupo no cenário nacional, vendendo mais de 700 mil cópias no país. Desentendimentos financeiros fizeram essa formação se desintegrar em 1974, ano do
Secos e Molhados II, embora João Ricardo tenha prosseguido com a marca em
Secos & Molhados III (1978),
Secos e Molhados IV (1980),
A Volta do Gato Preto (1988),
Teatro? (1999) e
Memória Velha (2000), enquanto Gérson continuou a tocar sozinho. Do grupo, Ney Matogrosso é o mais bem-sucedido em sua
carreira solo, e continua ativo desde
Água do Céu Pássaro (1975).