Darwin definiu a
seleção sexual como a "luta entre indivíduos de um
sexo, geralmente os
machos, pela posse do outro sexo". Em 1858, a
teoria da evolução por
seleção natural foi publicada pelos manuscritos de
Darwin e
Wallace. Darwin separava os aspectos "
sobrevivência" e "
reprodução" no processo de
seleção natural. Chamou de "Seleção Sexual" o processo de escolha de características morfológicas e comportamentais que levavam ao cruzamento bem sucedido, distinguindo-a da
seleção natural. A seleção sexual é responsável, então, pela
evolução de características que dão aos
organismos vantagens reprodutiva, em contraste com as vantagens de sobrevivência. Assim, pode-se explicar por que alguns traços, como ornamentos coloridos em
pássaros ou
plumagens coloridas da
cauda de
pavões, são preferidos pelas
fêmeas, apesar de não indicarem nenhuma vantagem adaptativa para a sobrevivência. A
seleção natural por si só teria excluído tais características, se não fossem de alguma forma importantes.
Os traços anatômicos e/ou comportamentais influenciam o sucesso de cruzamentos. Os indivíduos que possuem as características que são interessantes do ponto de vista
genético para o outro sexo são escolhidos para a
reprodução. Há uma tendência em os
machos investirem mais na quantidade de
fêmeas para reprodução, enquanto as fêmeas investem mais em machos que possuem caracteres interessantes para a sua prole, como por exemplo, ausência de parasitas nos machos.
O investimento reprodutivo inicia-se a partir do momento em que os machos estão aptos a reproduzir, ou seja, quando a maturação sexual completa-se. Isso explica o fato de os machos se arriscarem para cruzar e de os machos jovens desenvolverem suas
características sexuais secundárias apenas quando amadurecem. Se elas desenvolvessem antes da maturação, os jovens sofreriam com os custos sem receberem os benefícios, os quais surgem quando os cruzamentos se iniciam.