Tantras Sutras ("
teares" ou "
tecelagens") se referem a numerosas e variadas escrituras que pertencem a qualquer uma das várias tradições esotéricas enraizadas na filosofia do
hinduísmo e do
budismo. Os tantras são, no total, noventa e duas escrituras, em que sessenta e quatro são puramente
Abheda (literalmente, "sem diferenciação") ou Tantras do Xaivismo de Caxemira, dezoito são
Bhedabheda (literalmente, "com diferenciação e sem diferenciação" ou
monístico com
dualístico), conhecidos como os
Shiva Tantras. Os últimos dois (
Rudra Tantras e
Shiva Tantras) são usados pelos seguidores do Saiva Siddhanta, e, portanto, às vezes chamados de Saiva Siddhanta Tantras, ou Saiva Siddhanta
Agamas.
O
hinduísmo classifica os Tantras como
Shrutis revelados pelo deus
Xiva em forma de Svacchandanath, que criou cada tantra como uma combinação de suas cinco energias universais: cit
shakti (energia da oniconsciência), ananda sakti (energia da felicidade completa), iccha sakti (energia da vontade completa), jñana sakti (energia do conhecimento completo) e kriya sakti (energia da ação). O Tantrika Parampara pode ser considerado paralelo ou entrelaçado com o Vaidika Parampara. Diz-se que Svacchandanath iluminou o universo, começando o Sat Yuga através da revelação desses tantras. Com o passar do tempo, enquanto os grandes mestres do tantra se escondiam para escapar do toque da crescente população mundana, esses ensinamentos foram perdidos durante o
Kali Yuga. Como parte da graça de Xiva, Xiva tomou a forma de Srikanthanatha no monte
Kailasa, revelou esses tantras ao , e então desapareceu no éter.
Segundo a tradição Nath, a lenda atribui a origem do tantra a Dattatreya, um yogi semi-mitológico e o autor presumido do Jivanmukta Gita ("Canção da alma liberada"). Matsyendranath é creditado com a autoria do Kaulajnana-nirnaya, um volumoso tantra do nono século que lida com assuntos
místicos e
mágicos, e ocupa uma importante posição na linhagem tântrica hindu, e também no budismo tibetano Vajrayana.