Por meio dos sete
Tratados de Locarno, negociados em
Locarno,
Suíça, em
16 de outubro de
1925, e assinados em
Londres em
1 de dezembro de 1925, as potências da
Europa Ocidental aliadas na
Primeira Guerra Mundial buscaram a manutenção das fronteiras entre a
Bélgica e a
Alemanha, assim como aquelas da
França com a
Alemanha. Foram fiadores do Tratado o
Reino Unido e a
Itália, apesar de não terem tomado, efetivamente, nenhuma providência no sentido de honrarem sua promessa. Nenhum comprometimento militar ou planejamento de defesa para os territórios envolvidos foi feito. Nos termos do
tratado principal (o "Pacto de Estabilidade" ou "Pacto Renano", entre Alemanha, Bélgica, França, Reino Unido e Itália), os signatários ofereciam garantias de que a Alemanha não seria reocupada pelos Aliados; em troca, a Alemanha aceitava manter desmilitarizada a área da
Renânia - o que já era previsto no
Tratado de Versalhes, mas não era realmente aceito pelo governo alemão, que encarava aquilo, até então, como mais uma das imposições cruéis que o pacto pós-Primeira Guerra tinha criado. O governo alemão, porém, recusou-se a negociar um "Locarno no Leste", deixando claro que estava descontente com a então configuração das fronteiras orientais.
Outros dois tratados, celebrados pela
França com a
Polônia e com a
Tchecoslováquia, continham o compromisso de defesa mútua em caso de um ataque da Alemanha. Os demais acordos dispunham sobre arbitramento internacional.