Tupinambá é o nome de um povo
indígena
brasileiro que, por volta do século XVI, habitava duas regiões da costa
brasileira: a primeira ia desde a margem direita do Rio São Francisco até o Recôncavo Baiano; a segunda ia do Cabo de São Tomé, no atual
estado do Rio de Janeiro, até
São Sebastião, no atual estado de São Paulo. Este segundo grupo também era chamado de
tamoio.[3] Compunham-se de 100 000 indivíduos. Eram a nação indígena mais conhecida da costa brasileira pelos navegadores europeus do século XVI. Atualmente, o principal grupo tupinambá reside no sul do estado da
Bahia: são os
tupinambás
de Olivença.
Apesar de terem raízes comuns, as diversas tribos que compunham a nação tupinambá lutavam constantemente entre si, movidas por um intenso desejo de vingança que resultava sempre em guerras sangrentas em que os prisioneiros eram capturados para serem devorados em rituais antropofágicos. Autores como o alemão Hans Staden ("História verdadeira e descrição de uma terra de selvagens...")
[1] e os franceses Jean de Léry ("História de uma viagem feita à terra do Brasil") e André Thevet ("As singularidades da França Antártica..."), todos do século XVI, além das cartas jesuíticas da época, nos dão notícias muito precisas acerca de quem eram e de como viviam os índios tupinambás.